Inúmeras vezes temos visto pela televisão programas em que pessoas entrevistadas dão respostas absurdas às perguntas mais simples, levando-nos a imaginar que a educação brasileira é coisa do passado.
No dia 4 de agosto corrente, Salvador amanheceu com algumas suásticas nazistas pintadas em vários lugares, conforme noticiário de uma emissora de televisão local.
Apontando para a pintura, o repórter perguntou a um transeunte o que significava e o cidadão informou nada saber a respeito.
O jornalista esclareceu que ela era usada por Hitler, ao que o entrevistado indagou: "Ele foi algum cantor ?"
As mesmas perguntas foram dirigidas a várias pessoas, mas ninguém sabia o que a suástica representava nem quem fora aquele vulto histórico.
Bem humorado, o locutor disse que "Hitler era o cara que pegava as pessoas e mandava "pra Goiás, de onde não se volta mais".
Apesar desta dica, ninguém soube informar quem foi ele nem o que representava aquele símbolo.
Fico a imaginar o que acontecerá se algum dia o movimento pelo retorno do nazismo se expandir pela Bahia.
Por certo surgirão muitos adeptos com relativa facilidade, porque tanta ignorância sobre um assunto tão sério representa um campo fértil para que germinem as idéias mais absurdas.
Eis outro fato que bem demonstra a que ponto chegou o nível de conhecimento do povo brasileiro.
Há cerca de três semanas a "RedeTV!" transmitiu um programa matinal diretamente da Praça da Sé, em São Paulo.
Muita gente em torno do repórter disputava o prêmio de R$ 100 para cantar o Hino Nacional Brasileiro completo ou apenas R$ 50 para cantá-lo pela metade.
O programa tinha cerca de duas horas de duração e somente no quarto dia uma moça conseguiu cantá-lo.
Mas isto só foi possível porque diariamente, ao final de cada rodada, o repórter mandava o povo estudar e voltar à praça na manhã seguinte.
Vez por outra, o locutor interrompia o canto e indagava o significado de algumas palavras e frases contidas no Hino, ao que os candidatos davam os mais incríveis palpites sobre "Ipiranga", "margens plácidas", "brado retumbante", "raios fúlgidos", "berço esplêndido", "lábaro", "ostentas", "flâmula" etc.
As aberrações se sucediam a cada novo candidato entrevistado e, no momento em que foi cantada a parte do Hino que diz "do que a terra mais garrida", o programa alcançou seu ponto máximo.
Indagado sobre o que significava "garrida", a única pessoa que arriscou dar um palpite afirmou: "deve ser a irmã do Garrincha".
Será que a educação no Brasil vai mal ou ela simplesmente deixou de existir?
As asneiras acima citadas não são frutos da imaginação de qualquer humorista, mas fatos ocorridos diante das câmeras de televisão, ao vivo, para todo o Brasil.
Dizem que o artigo é de Gilberto Santos
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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sábado, 5 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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