domingo, 31 de agosto de 2008

Poucas coisas na vida são fáceis. Eu diria até que quase nada na vida é fácil. Mas levar fama, sem deitar na cama dói. Infelizmente falamos coisas sem pensar nos sentimento dos outros. E quando falo isso, falo de mim tb. Sei que já falei coisas e fiz pessoas que amo sofrerem. E as palavras tem um poder imenso. Elas ferem, e a dor é quase insuportável.
Tô escrevendo e chorando, pq muitas vezes chorar é a única solução de momento.
Tenho milhares de defeitos. Defeitos estes que já expus aqui, mas não sou de tapar o sol com a peneira. Sei encarar os problemas de frente, sei que eles existem e vou atrás para resolvê-los. Só que eu escolho as minhas brigas. Não brigo por coisa pouca. Acho que dinheiro vem e vai. Gosto de dinheiro, mas não estou disposta a fazer qq coisa por ele. Não faço o que não acredito por dinheiro.
Meu trabalho é um exemplo disso. Não faço o que sempre sonhei. Quando era criança, eu não brinca de ser atendente de call center. Mas eu tô ali, é esse trabalho que me sustenta, eu acredito no que faço e faço da melhor maneira que posso. Acerto na maioria das vezes, mas tb tropeço. Como todo ser humano.
E como ajo no meu trabalho, ajo na minha vida pessoal.
Jamais eu faria com alguém algo que não quisesse pra mim. Não sou injusta. Detesto injustiça! Talvez por isso eu sofra tanto. Não suporto ver o sofimento dos outros. Quero fazer alguma coisa, mas conheço o meu limite. Sei o que posso e o que não posso. Sei onde eu tenho que parar e deixar o barco correr. Pelo menos eu acho que sei. Claro que vou dar o máximo, vou além do que as outras pessoas achem normal, pq vou até onde EU acho que devo ir.
Sou adulta e responsável pelas minhas atitudes. Posso pagar caro por isso, mas faço o que acredito.
Posso tomar na cabeça, mas e daí?? Vou levantar e tocar pra frente.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

NORMOSE

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo.
A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.
A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias.
Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo.
Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude.
E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Martha Medeiros

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

14 dias sem postar. Estava com saudades.
Sinto uma falta absurda de vir aqui e escrever, mas tenho andado exausta. Minha única vontade é dormir. E agora a dor da coluna voltou a atacar. Não quero comprar mais remédios. Gastar dinheiro com remédios é uó. dinheiro é pra gastar com roupa, com comida, com diversão, não com remédios. Enfim...vou tentar aguentar na base do tylenol.

A fase tá ruim pelos lados de lá. 3 de licença. Tá de pirar o cabeção. Pior é ter que fazer cara de caneca e sorrir.

Tô me sentindo um lixo por causa da situação do namorado. Quase me culpo por ter um emprego. Quero poder fazer alguma coisa, mas não posso. Faço o que é possível, dentro das minhas possibilidades mas não é suficiente. Não sei que atitude tomar e medir palavras é dificílimo pra mim. Principalmente com ele. Infelizmente, temos a sensação que podemos falar e fazer o que temos vontade pras pessoas que nos amam. Sabemos que elas vão nos perdoar. Mas, e se um dia essas pessoas se cansarem de nós?
Pergunta pra pensar na cama.

Acabaram as Olimpíadas! Na minha vida, nada mudou depois dela. Sem dúvida, acho merecidíssimas as medalhas ganhadas e as perdidas. Só que na prática, a minha vida é a mesma. Não tive nenhuma alteração nem durante, nem após elas. Trabalhei todos os dias normalmente, não perdi uma noite de sono pra ver alguma competição e, pra não dizer que não torci, vibrei na medalha de ouro da seleção feminina de vôlei. E só.
A vida continua.

E, pra não dizer que não falei das flores, meu afilhado está cada dia mais lindo. Semana passada qdo eu cheguei do trabalho, ele estava aqui. Lindo!
O namorado ainda não deu o prazer da sua visita. Não entendi o pq. Não cobro dele, pois sei q ele não gosta de crianças. Talvez ele ache que vou querer que ele segure o baby, ou ele sinta ciúmes do rapazinho, ou ele não goste da família do bebê. Enfim, motivos não faltam para ele não querer visitar o afilhado da namorada. Eu entendo, os outros não. E os outros me cobram.
E sem essa de dizer que ninguém paga minhas contas. Tenho certeza absoluta disso. Nem eu pago as minhas contas. Mas sempre nos importamos com a opinião das pessoas que gostamos. Essas importam.
Bem, o fato dele não querer chegar perto da criança, não vai me impedir de amar o filhote de dindinha.
Ele tá numa fase meio mais ou menos e acho que temos que respeitar.

Preciso de óculos novos urgentemente! Estou incapaz de enxergar o número dos ônibus ou as pessoas que vem na minha direção. É...troca a pilha, miha filha!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tenho estado totalmente por fora de Olimpíadas. Não faço idéia de quais são os jogos que estão acontecendo, que horários, muito menos do quadro de medalhas. A pessoa está alheia a tudo. Nem parece que faço parte desse mundo. Acho que não faço mesmo.
Tá certo que, como diria Caetano, e como o título do blog, de perto ninguém é normal, mas eu acho que nem de longe eu sou. Faço coisas típicas de uma pessoa insana. Hoje joguei um vidro inteiro de remédio no lixo e fiquei com o vidro vazio. Vc faria isso? Provavelmente, não.
A rotina tá tão louca que tô no automático total. E pra piorar de TPM.

Tenho sofrido com meu cabelo. A intenção é não conrtá-lo. Fiz uma promessa e promessa é dívida. Ganhei a benção, agora tenho que cumprir. Tô sofrendo, mas a causa é nobre.

Por falar em benção, minha mãe falou que uma moça da igreja dela disse que no meu trabalho tem alguém que sente muita inveja de mim. Tá repreendido!
Tudo bem que de certa forma, todo mundo inveja alguma coisa em alguém, natural. Hipocrisia dizer que aceitamos tudo sem desejar o alheio. Tb sinto inveja de algumas situações vividas por algumas pessoas, ou de alguma coisa que alguém tenha, mas não sei se invejo alguém. Talvez quem esteja de férias...rs.
Espero apenas que a inveja não venha me assolar.
Mas não entendo pq alguém sente inveja de mim. O namorado acha que é pq me destaco em alguns momentos. Pode ser que sim. Vai saber!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O ser humano nunca falha....


Poucas coisas dóem mais que uma decepção. Falta de parceria, talvez?
É triste não ter com quem dividir felicidades, emoções, problemas e dificuldades.
Acho que nasci pra ser só. Se não tenho alguém, não espero nada, logo não tenho decepções.
Chega uma hora que cansa só dar e receber o que não se quer.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Monsieur Binot

Olha aí, monsieur Binot
Aprendi tudo o que você me ensinou
Respirar bem fundo e devagar
Que a energia está no ar

Olha aí, meu professor,
Também no ar é que a gente encontra o som
E num som se pode viajar
E aproveitar tudo o que é bom

Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal

Então, olha aí, monsieur Binot
Melhor ainda é o barato interior
O que dá maior satisfação
É a cabeça da gente, a plenitude da mente
A claridade da razão

E o resto nunca se espera
O resto é próxima esfera
O resto é outra encarnação

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Resultado é o que importa!

Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome:
Flávia.
Uma era freira e a outra, taxista. Quis o destino, que morressem
no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-as.
- O teu
nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com 'fios de ouro'. Pode entrar.
A seguir...

- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesmo.
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de 'linho'. Pode entrar. A
religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver algum engano. Eu sou Flávia, a freira!
-
Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho..
-
Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. É que,
aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...
- Não entendo! - disse a Freira.

- Eu explico: Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam!!

domingo, 3 de agosto de 2008

Nada é mais gostoso que gargalhada de bebê

Complementando

Complementando e concordando plenamento com o comentário: Também acho muito injusto trazer uma criança nesse mundo pra sofrer. Em algum tempo não teremos mais recursos naturais suficiente pra quantidade de pessoas atualmente no mundo. Trazer outra pessoa, que nem pediu pra nascer, pra cá é o cúmulo da injustiça.
Tb acho que é egoísmo as pessoas quererem satisfazer suas necessidades (ou seus instintos, ou como se chama isso) e com isso pôr mais crianças pra sofrerem por aqui.
sou meio radical com um pensamento. Por mim, todos parariam de ter filhos por um longo tempo até que o mundo se estabilizasse (sei que pode parecer impossível, mas se educássemos as crianças que estão aqui e minimizássemos os estragos causados pelo Homem, talvez a coisa melhorasse daqui uns 100 anos). Depois disso, poderíamos pensar em refazer esse mundo louco que vivemos.
Trazer uma criança pra viver nesse mundo violento, escasso de recursos naturais, com pouco emprego, com uma humanidade pobre é mais do que egoísmo. É absurdo!

Obrigada Petit Femme. Depois do seu comentário, percebi que meus motivos não tinham ficados explícitos.
Não sei quem são as pessoas que passam por aqui, mas tenho certeza absoluta que o acesso é ínfimo, por isso poucas pessoas sabem que não quero ser mãe. Parece uma coisa meio fria, egoísta, mas não é. Tudo bem, é um pouco de egoísmo sim, mas é muito mais preocupação com o futuro.
Meu afilhado nasceu há 14 dias. É lindo, saudável, tem um super-pulmão, gosta que conversem com ele, gosta de música, enfim...Mas a mãe da criança tá exausta. Coitada da minha amiga! Olho pra ela e tenho vontade de fazer algo, mas não sei o que. O máximo que faço é pegar o Daniel por alguns minutos, niná-lo, cantar pra ele. Só que quando ele bota o pulmão pra funciona, não tem nada que eu possa fazer. Ele berra, berra, berra e só a mãe pode resolver o problema. Se ele quiser mamar, não tem pra onde correr. E amamentar deve ser cansativo (agora aguardo as pedras!). Tudo bem, é um momento de intimidade da mãe com o bebê, é transferência de afeto, é alimentação. Ok....Racionalmente eu entendo tudo isso. Só que ninguém passa a noite lá, servindo de mamadeira pra criança.
Não é pra mim.
Sempre admirei minha comadre. Pela tranqilidade dela, pela paciência, por conseguir tempo pra tudo, por ter conseguido trabalhar no que ela queria e ser bem sucedida, por ser independente. Agora, admiro muito mais.
Eu não sei se suportaria dois dias do que ela tá passando.
A casa vive cheia de gente. Visitas são bem-vindas, mas precisam de semancol. Eu trenho intimidade o suficiente pra aparecer sem avisar e se ela quiser dormir, ela vai pro quarto dela e pronto. Agora, a irmã da vizinha do tio da colega do trabalho dela querer visitá-la nesse momento é demais. Ou se quiser ir, vai, fica 20 minutos e tchau. Ela tá cansada demais. É notório.
Tudo bem que vai passar e depois ficarão apenas as boas recordações. Só que o durante é difícil pra caramba.
Só quem passa sabe. Eu não quero saber...
Por isso digo que não quero ser mãe. Não quero perder noites de sono com um bebê chorando sem que eu saiba o que fazer para acalentá-lo. Não quero sentir dor para amamentar. Não quero sofrer as dores do parto, nem as dores do pós-operatório. Não quero viver entre fraldas sujas de cocô. Não quero abrir mão de fazer nada pq tenho um serzinho totalmente dependente de mim. Não quero sofrer pq quando a criança for pra escola, algum coleguinha poder morder ou bater no MEU bebê. Não quero chegar cansada do trabalho e parar pra fazer dever de casa. Não quero dúvidas sobre educação (devo ser liberal, devo ser amiga, devo ser rigorosa). Não quero preocupação se o adolescente vai chegar cedo ou tarde das nights. E todos esses problemas são da dimensão emocional. Não citei grana em nenhum momento.
Claro que se acontecer e eu engravidar, meu filho será a prioridade zero da minha vida. Vou amá-lo mais que tudo.
Claro que às vezes eu penso nisso. Deve ser uma delícia ter um serzinho totalmente dependente de você aconchegado nos seus braços. Mas tb é uma responsabilidade do cacete.
Tenho uma colega que tem um filho adolescente. Não sei o que ela sente, mas vejo diariamente seu sofrimento, sua preocupação, sua impotência e seu medo.
Outra coisa que falam muito: ah, vc vai ficar velha e não vai ter nignuém pra cuidar de você.
Primeiro: nenhuma criança merece vir ao mundo com a responsabilidade de fazer ninguém feliz, muito menos de cuidar de outra pessoa.
Segundo: quem me garante que ter um filho garantirá que alguém cuidará de mim quando eu estiver velha?
Pois é, tudo isso aflige meu pobre coraçãozinho.
O namorado quer um filho e acho que é um direito dele. Infelizmente não sei se poderei realizar esse sonho.
Talvez eu engravidasse por amor ele e depois amaria o bebê.
Claro que as condições momentâneas não favorecem à situação, por isso o plano está fora de cogitação.
Um dia, pode ser que eu esteja escrevendo aqui entre fraldas sujas de cocô, carrinho de bebê, móbilies, mamadeiras e um laptop....rs