sexta-feira, 13 de junho de 2008

A hora é essa!

Tenho algumas convicções, dentre a elas a de que todo mundo tem problema. Se estiver lendo isso perto de alguém, pergunte pra essa pessoa qual é o problema dela. Mas pergunte querendo saber, não daquele jeito: tudo bem com vc? Quem pergunta desse jeito, não está interessado de verdade.
Se você perguntar, verá que todo mundo tem problema. Uns num nível maior, outros num nível menor, mas ninguém escapa deles. Eu também os tenho. Tem dias em que minha vontade é desaparecer, sumir do mapa e viver de brisa. Nem rola, gosto mesmo é de conforto.
Apesar de de ter problemas, tento não descarregar nos outros. Claro que nem sempre tô a fim de ficar sorrindo, de conversar, mas os outros não tem culpa de nada do que acontece na minha vida. Eu sou culpada dos meus problemas. Acho que a gente planta o que a gente colhe. Sei que muito do que acontece comigo é consequência do algo que fiz ou deixei de fazer em algum momento da minha vida.
Claro que as pessoas que mais são atingidas pelos meus problemas são as pessoas que estão mais próximas a mim. Da mesma forma que sou atingida qdo os problemas ocorrem com essas pessoas. E acho que a vida é assim mesmo, apoiamos e protegemos os que amamos. Talvez essa regra não seja a ideal, mas é impraticável proteger toda a massa ao nosso redor.
Muitas vezes qdo vemos alguém sofrer nos sentimos impotentes. Nem sempre podemos fazer algo. E dizer que está com a pessoa, que a apóia, pode não ser suficiente para o outro. Infelizmente tem situações que fogem ao nosso controle.
Sou prática, gosto de soluções, sem chororô. E qdo me vejo em situações que fogem ao meu controle, piro. Quero fazer algo e não posso. Mãos atadas dóem. Mas dói muito mais a falta de reconhecimento, a negligência, a indiferença, o não reconhecimento do seu esforço.
Algumas vezes não reconhecer o que o outro faz é a forma que temos de reforçar a nossa autopiedade e mostrar para o mundo: olhem para mim, vejam como eu sofro.
Nem tudo pode ser mudado, mas tenho tentado não fugir das situações e tenho dado a cara pra bater. Essa pode nem ser a melhor estratégia, mas já dizia um filósofo (claro que não vou me lembrar qual) que insanidade é continuar agindo da mesma forma e esperar resultados diferentes. Ou algo nesse sentido. Em outras palavras, dar murro em ponta de faca é inútil. Se faço a mesma coisa mil vezes e vejo que a coisa não tá indo, só me resta mudar o jeito de fazer pra ver o que acontece. E aí, a minha praticidade me ajuda.
Às vezes, o simples fato de pensar o dia de forma diferente, cantar uma música, ouvir uma piada, receber um e-mail de alguém querido já dá uma transformada no astral.
Quero transformação, quero mudança, quero gente com brilho no olho.
Hoje mesmo aconteceu uma situação interessante comigo. Tenho saído de casa mais cedo (e descobri que isso é a melhor coisa para evitar a super lotação do metrô) e hoje resolvi tentar pegar um ônibus para ver qual era. Enquanto estava no ponto, veio um ônibus mega-lotado. Sem condições. Resolvi atravessar a rua e ir de metrô mesmo. Meu vizinho estava no ponto com a filha que mora em Niterói e perguntou se ela poderia ir comigo, já que ela não sabia andar de metrô. Claro que podia!
Nossa! Que sopro de vivacidade! Uma menina linda, de 22 anos, cheia de gás, achando que vai transformar o mundo, super disposta, alto-astral. Me vi nela. E pensei que um dia eu fui assim. Um dia eu acreditei num mundo melhor e fiz alguma coisa pra mudá-lo. Parece que quando o tempo passa, perdemos toda a nossa vitalidade. Deixamos pra trás coisas nas quais acreditamos. E descobri que não quero perder isso. Eu quero àquele brilho no olho. Não àquela beleza fantástica que ela tem (isso é ilusão), mas àquele gosto pela vida.
A vida tá maravilhosa? Não!
Tô com grana? Não!
Tenho o emprego dos meus sonhos? Não!
Mas e daí??? Tenho saúde, tenho um emprego, tenho casa, conforto, um namorado e uma mãe que me amam e a quem eu amo, deito numa cama gostosa todo dia, tenho opções para almoçar, tenho a possibilidade de ouvir, de falar, de sorrir. Quero ser feliz!!! E acho que a hora é agora.

Um comentário:

Marcelo Leite disse...

A verdade é: Nao existe ninguém perfeito!
Gosteo do blog
até mais.