quinta-feira, 23 de abril de 2009

12 anos sem meu pai. Muito tempo. Parece que foi onem q acordei com a campainha tocando (pq na época n tinha tel em casa), com minha tia ligando para a casa da vizinha para contar o que aconteceu.
Nunca fui muito próxima do meu pai. Embora o amasse, ele nunca foi um pai presente. Sem querer falar de quem não está aqui para se defender, mas tb n sou daquelas q acha q qdo alguém morre vira santo. Se tem uma coisa q meu pai nunca foi é santo. Acho q, nesse ponto, puxei a ele. Eu tb nunca fui santa.
Santidade à parte, eu o amava, afinal era meu pai, mas não posso dizer q tenho ótimas lembranças nossas juntos. Ele nunca me maltratou, embora uma vez, qdo eutinha uns 8 anos tenha tentado me dar xarope, com redoxon e cobavital misturado. Fui salva pela minha tia e hoje tô aqui pra contar a história. Acho q devo minha vida a ela! Vou lembrar de agradecer da próxima vez q encontrar com ela.
Meu pai era daqueles caras fechados, que assistiam Fórmula 1 aos domingos, mas gostava de álcool e só dizia que me amava depois de umas e outras. Nessas horas, o amor era tanto q chegava a incomodar. Tinha dúvidas se era verdade ou se todos q bebem passavam a distribuir amor indiscriminadamente. Pra ser bem sincera, ainda tenho dúvidas.
Não foi fácil ficar sem ele. Embora não fôssemos os mais unidos da face da terra, ele estava ali. Tão longe qto a distância entre bairros. Era só pegar o ônibus e ir até lá. A distância era a mesma, mas sempre era eu q ia até ele.
Mas tb não posso dizer que perder meu pai tenha sido a situação mais difícil q enfrentei. Depois q ele se foi é q tem sido difícil resolver umas pendengas q ele deixou pelo mundo. Costumo dizer que ele é um morto q dá trabalho.
Quando meu pai era vivo, sempre que ouvia a música "Pai", do Fábio Junior chorava bastante. Depois q ele nos deixou, a música não teve mais nenhum efeito pra mim. Talvez pq eu sobuesse que era ilusão acreditar q teria abluém pra "brincar de vovô com emu filho, no tapete da sala de estar".
Estranho ter acordado pra falar disso.

Minha cabeça dói desesperadamente. Já tomei um Migrane, mas ainda não houve efeito. Depois vieram os fogos, como se fossem tiros de metralhadora. Salve Jorge!

Em 1 hora tenho q me aprontar e partir pra senzala. Lá não existe esse negócio de Jorge, não. Nem o Benjor, nem o Aragão, nem o Vercilo. Muito menos o do dragão. Dragões existem por todos os lados, mas feriado que é bom, neca...

Nenhum comentário: