sábado, 7 de junho de 2008
Não chore....
Existe uma frase, um ditado, não sei bem do que se trata, mas que diz que não devemos chorar pq acabou, mas sim sorrir pq um dia existiu. Na teoria a frase é linda, mas como toda teoria aplicá-la à prática é que é complicado.
Estou contente pq tenho um emprego pra voltar, enquanto muitas pessoas não o tem, mas daí a ficar feliz pq as férias chegaram ao fim tem uma grande diferença. Sei que é feio, mas faço outras coisas feias tb só não divulgo...rs. E eu sei q vc tb faz. Será que tudo do que gosto é imoral, é ilegal ou engorda?
Bem, segunda estou de volta à senzala. Pelo que tenho ouvido falar, o trabalho continua no ritmo frenético de sempre. Não sei o que vou encontrar qdo chegar lá, mas voltarei, afinal a outra opção é inviável no momento.
Então, FORÇA NA PERUCA!!!
Essa semana fui visitar uma colega que teve neném, uma pessoa de quem gosto muito, mas foi tremendamente injustiçada. Tem algumas sacanagens que a gente não engole. Enfim, a vida não é o mar de rosas que acreditamos que ela seja.
Recebi via e-mail uma carta de autoria atribuída ao Wagner Moura (o Capitão Nascimento). Não tenho como afirmar se a autoria é dele e nem dá pra confiar nos textos que rolam pela internet. Agora qdo posto um texto, informo o seguinte: dizem que a autoria é do ....
Pq digo que não dá pra acreditar? Bem, por exemplo um texto que sempre recebi com a informação de que era o Arnaldo Jabour. Vc tb deve ter recebido. Um texto até legal que fala sobre as mulheres. Outro dia li um texto, que tb se dizia da autoria do referido jornalista, em que ele afirma que jamais escreveria uma bobagem daquelas. Vai saber.
Mas, voltando à vaca fria. O texto que vou postar, recebido como se fosse escrito pelo Wagner Moura, em que o autor critica o posicionamento dos programas imbecilóides. Vou postar pq acho que o autor estar coberto de razão. Não tenho a menor paciência para esses programas que exploram o ridículo. E o pior deles é o tal do Pânico na TV. Não sei se diria que esse é o pior programa da atualidade, afina tá difícil dizer qual é o pior. Tenho algumas opções: Domingão do Faustão, TV Fama (confesso que esse, de vez em quando assisto), Programa do Gugu, É o amor, e talvez vc possa acrescentar mais programas à nossa lista fatídica.
Bem, vou postar o tal do texto aqui e espero que ele diga algo pra vc.
'Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo 'que coisa horrível' (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.
' O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice '
O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.
Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.
No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a 'cagada' que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?'
Dizem que a autoria é do Wagner Moura
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Um comentário:
Partilho da sua opinião.
E digo mais: se todos colocássemos baixaria e mediocridade em nossos blogs, teríamos audiência fiel todos os dias. O que é politicamente correto não é interessante ao espectador/ internauta.
Abraço e que Deus abençoe vc
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