domingo, 29 de junho de 2008

Pra dançar o créu tem que ter disposição...

Estava de saída pra casa do namorado qdo ele liga pra falar sobre uma festa junina na casa de um amigo....blá, blá, blá. Vamos à festa. Temos que ir a caráter. Não rolava em cima da hora surgir com uma roupa de dançar quadrilha. Sugestão: vamos ao Mercadão de Madureira e compramos àqueles chapéus de caipira. Ótimo. Assunto caracterização: resolvido.
Lá fomos nós arrumadinhos rumo à festa junina. Até chegar a casa do amigo demos algumas voltas pois o carro que seguíamos estava perdido. Logo, nós também estávamos perdidos. Uma hora e algumas voltas depois chegamos à festa junina. Meio barro, meio tijolo, mas agradável. As pessoas que estavam com a gente eram animadas, desfiz a imagem de bruxa que um dos amigos dele tinha de mim, comi uma fatia de bolo e lá pelas tantas resolvemos partir. Quase chegando em casa, uma resolução ineseperada: vamos para a Cabana do Catonho? Vamos! Tava na chuva, só restava me molhar. Eis que chegamos no lugar. Não tenho preconceito de músicas, pelo contrário, gosto de tudo. Tocou, eu danço. Claro que tenho minhas preferências. Amo MPB e se tivessem me perguntando: para onde você gostaria de ir pra dançar? Escolheria o Rio Scenarium, ou o Sacrilégio, ou Carioca da Gema, ou a Fundição Progresso, enfim...jamais a Cabana do Catonho. Cabana da qual eu nunca tinha ouvido falar. Bem, chegando no lugar, que mais parecia um galpão repleto de tchutchucas e tigrões, sofremos até achar um lugar para ficarmos parados. Eu tava no lugar e só me restava uma coisa: dançar. Dancei. Não tão animadamente. Primeiro porque tava morrendo de medo de confusão no local entulhado de pessoas, segundo porque não tinha espaço e terceiro porque não ouvia a música. Detalhes!
De repente, não mais que de repente, começa o som da Furacão 2000. Eu nunca estive num baile, numa casa de show, numa festa em que a equipe Furacão 2000 tivesse tocado. Claro que é impossível ficar parado com a batida. Além disso, parece que o som está dentro de você. Dei o meu jeito e dancei. Dessa vez não tinha a desculpa de dizer que não estava ouvindo a música. Entretanto, o medo e a falta de epaço permaneciam. Depois de uma hora ouvindo àquela batida, pedi pra sair. Definitivamente não tenho disposição pra dançar o créu. Aliás, nem esperei o créu tocar, parti antes. Cheguei exausta, com os pés imundos e em frangalhos e totalmente sóbria. Talvez se eu tivesse bebido tivesse disposição pra dançar o créu...ou não.
A noite valeu pelas companhias, pela oportunidade do namorado poder curtir com os amigos e pelo diferente. Jamais programaria uma noite dessas, simplesmente fui na onda. E não posso dizer que não gostei.

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